Nossa Senhora Das Flores
Francisco Camacho

© Nacho Correa
Estreado em 1993, NOSSA SENHORA DAS FLORES, mantém ainda hoje intactas todas as qualidades que fizeram deste espectáculo uma das obras de referência da Dança Contemporânea Portuguesa. Com a sua apresentação em mais de trinta teatros e festivais da Europa e América do Sul, Francisco Camacho reafirmou também a sua importância enquanto criador e intérprete no circuito internacional.
Neste solo Francisco Camacho apresenta-nos um corpo em movimento que “fragmenta o que supostamente estava unido, revelando heterogeneidade do que supunhamos ser consistente” (Foucault). Para Camacho, o corpo em palco surge como um sistema nervoso abalado por um passado fragmentado e violento, que não está nem morto nem longe no tempo. Um passado inscrito nos nossos corpos que tenta sobreviver aos seus próprios absurdos e contradições. Em “Nossa Senhora das Flores” Camacho revela-nos a história do corpo em dor e prazer.
Como escreveu o dramaturgo e curador André Lepecki, NOSSA SENHORA DAS FLORES é uma coreografia de convulsão, de obsessão, de falha de sistemas fisiológicos, do corpo em colapso, de dança num absoluto prazer sensual no que supõe a sua invocação de espíritos, de ironia, de humor, de sensualidade e obscenidade.

© Nacho Correa
Ficha Técnica
Coreografia e Interpretação Francisco Camacho
Figurinos Carlota Lagido
Desenho de Luz e Direcção Técnica Frank Laubenheimer
Música Jordi Savall
Produção EIRA