Francisco Camacho é coreógrafo, bailarino, membro fundador e director artístico da EIRA.
É reconhecido internacionalmente como um dos protagonistas do movimento da dança contemporânea que teve início no final da década de 80 em Portugal, apresentando-se na Europa, América, África e Ásia, com obras de referência na história da Dança Portuguesa como os espectáculos a solo “O Rei no Exílio” e “Nossa Senhora das Flores” e como as peças de grupo “Dom São Sebastião” e “Gust”.
Foi galardoado com o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa na área da Dança (1995 e 1997) e com o Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian (1994/95), a par de uma Menção Especial do mesmo Prémio (1992/93).
Apresentou ainda espectáculos co-coreografados com Mónica Lapa, Vera Mantero, Carlota Lagido, Vera Mota e Sílvia Real, assim como co-criações com os encenadores Fernanda Lapa e Miguel Abreu. Realizou intervenções coreográficas para uma obra de Pedro Cabrita Reis no Museu de Arte Contemporânea de Bona e para a exposição de Francis Bacon no Museu de Serralves, a par dos projectos para espaços não-convencionais ‘Performers Anónimos’ e ‘Danças Privadas’. Depois da passagem pelo Ballet Gulbenkian enquanto estagiário (1984/86), dançou com Paula Massano, coreógrafa pioneira da dança contemporânea portuguesa e, posteriormente, com Creach/Koester, Meg Stuart, Alain Platel, Carlota Lagido, Miguel Moreira e Filipa Francisco, entre outros coreógrafos. Destaca a colaboração regular com Meg Stuart, em particular como protagonista de “BLESSED”, contando já mais de cem apresentações. Adicionalmente, participou como actor em espectáculos de teatro de Lúcia Sigalho e Tonan Quito. Estudou dança e teatro em Portugal (Companhia Nacional de Bailado e Ballet Gulbenkian) e em Nova Iorque (Merce Cunningham Dance Studio, Movement Research, Susan Klein School e Lee Strasberg Theatre Institute), e teve formação adicional em voz, guionismo e escrita criativa. Ensina regularmente em Portugal e no Estrangeiro.