Cumplicidades 2023

Programação completa em www.festivalcumplicidades.pt
O CUMPLICIDADES configura-se como um novo evento em cada edição. O convite a alguém sempre diferente para projetar as participações nacionais assegura um olhar renovado. A cumplicidade de parcerias diversificadas no seu acolhimento estimula a pluralidade e uma dinâmica urbana que ambiciona alcançar um público também plural.
Em 2023, ao programa estabelecido por Luiz Antunes, acrescem propostas selecionadas a partir de uma convocatória aberta a artistas de origem estrangeira e a residir em Portugal. O período pandémico não favoreceu a visibilidade de profissionais que aqui se fixaram recentemente, e quis-se apresentar criações que decorrem de percursos laborais e estéticos diversificados, abrangendo vários continentes. O todo é reforçado pela proposta vocacionada para o público infanto-juvenil, e pela articulação com a formação regular para profissionais da EIRA.
O CUMPLICIDADES marca a dança contemporânea no imaginário da cidade, reclama esse território, ainda que consciente da crescente prática interdisciplinar e do hibridismo. Defende a heterogeneidade de intervenções no fórum público, mas posiciona-se dentro da dança para melhor questionar as suas fronteiras, a sua definição. (Francisco Camacho)
Two Faces – Ciclo de programação
Nesta edição do Festival Cumplicidades que decorre na cidade de Lisboa, os artistas são desafiados a criar sob um determinado ângulo, opinião ou evento relacionado com as premissas desta edição: Limites e fronteiras, duas faces: sapiens sapiens. Somos todos Sapiens. Somos todos cúmplices. Duas faces de Janus, como imagem paradigmática destas diferentes realidades.
Os conceitos, apesar de amplos, remetem-nos para uma ideia de reflexão sobre a conturbada fase de evolução em que vivemos. Dos macro conceitos afunilamos o olhar para o pensamento sobre fronteiras que são limites e limites que delimitam fronteiras. Fronteiras culturais, fronteiras entre países, fronteiras de regiões, de cidades, de bairros, do próprio corpo, dos lugares interiores.
Promover a criação de pensamento e reflexão sobre a crise de valores, espaços democráticos, transmutações, novos olhares sobre os locais, sobre os sapiens desses lugares. É urgente que tenhamos um pensamento sobre nós, para nos podermos permitir a uma evolução viável, sem sermos a mais implacável e violenta espécie.
Face to Face – Conversas
Este ciclo é referente ao universo da reflexão, produção de pensamento e conhecimento a partir das criações e eventos programados.
Muitas vezes o discurso de análise e crítico em torno das artes, e neste caso em particular da dança e das artes performativas, fica circunscrito a lugares herméticos e meramente de reflexões quase tecnicistas. Mas o que fica em nós do que vimos? O que levamos para os nossos lugares e que implicância isso tem em nós? O lugar das histórias também podem servir para pensarmos e as nossas condições (ideias, emoções, capacidades, etc).
A congregação neste encontro de investigadores, profissionais de diferentes áreas permitirá também abrir novas perspetivas no que diz respeito à reflexão sobre os espetáculos e os temas abordados pelos seus criadores. Pensar a Dança no século XXI, de forma transversal, em termos de diferentes gerações e diferentes lugares de pensamento é um ponto de partida para abrir novas plataformas de entendimento da Dança como fenómeno cultural e social na contemporaneidade, assim como uma nova forma de comunicar, não apenas artística, mas interventiva.
Neste conjunto de Conferências /Conversas, com temas sugeridos através das obras dos artistas programados, os oradores convidados partem assim para um conjunto de pensamentos e discussões, permitindo que a obra não termine em si.
Este processo implica a aproximação dos oradores convidados das obras para que esta seja a base das diferentes reflexões.



Ficha Técnica
Direção artística Francisco Camacho
Programação Nacional Luiz Antunes
Direção de Produção Tiago Sgarbi
Produção Executiva Lucinda Gomes, Magda Maia e Teresa de Brito
Gestão Administrativa Teresa de Brito
Direção técnica João Chicó
Assessoria de Imprensa Levina Valentim
Design Gráfico Ana Freitas (Many Islands)
Web developmet Héoïse Maréchal
Financiamento República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa